Plástico nos oceanos – De onde vem e como evitar

O plástico nos oceanos é uma realidade que se agrava e assusta, sendo possível já encontrar ilhas formadas com a alta concentração do lixo.

Infelizmente, a poluição por resíduos plásticos nos oceanos chegam por todos os lados, até mesmo em regiões mais afastadas, como na Antártica e parte muito profundas nos oceanos. É um perigo para a vida marinha e também para o bem-estar da natureza e da sociedade.

Por ser um material sintético, o plástico não se degrada. Somado à elevada produção e consumo deste material, e a ausência de um descarte correto, causa grandes danos no meio ambiente. Para lidar com tudo isso, é preciso rever nosso estilo de vida e a escolha do plástico em nosso dia a dia.

Será que realmente precisamos de tantos plásticos? Os oceanos sentem a mudança na temperatura da água, alterações na salinidade causados pelas mudanças climáticas. O descarte incorreto do plástico tem sua participação nestas alterações.

Os animais marinhos em extinção são os que mais sofrem com tantos plásticos. Mas, outros animais também, seja por envenenamento, sufocamento e até fome. O animal come plástico e acha que está alimentado, mas na verdade, não comeu.

Neste post convidamos você a entender de onde vem o plástico nos oceanos, quais são as consequências dessa poluição e como podemos virar o jogo.

Neste post tem:

De onde vem o plástico nos oceanos

Os plásticos nos oceanos são conduzidos por mais de mil rios. Uma quantidade surpreendente para os cientistas que, até meados de 2017, acreditavam que cerca de 30 rios estavam envolvidos no escoamento de plástico.

O que, até então era um bom sinal, pois facilitaria os planos de ação para lidar com essa situação. Contudo, uma nova publicação em 2021, afirmou mais de 1000 rios são responsáveis por cerca de 80% dos plásticos nos oceanos.

Em grande parte, os rios são pequenos e serpenteiam grandes centros urbanos. O mais poluído por plásticos é o rio Pasig, nas Filipinas. Ele tem 25 quilômetros de extensão e corta a capital Manila.

A atualização na pesquisa é um alerta para como nos relacionamos com o plástico em terra firme. Relembrando a necessidade de nos movermos para diminuir o uso de plástico no dia a dia, e melhorar o descarte de resíduos plásticos.

Confira as nossas 7 dicas de como diminuir o uso do plástico

Tipos de plástico nos oceanos

Os tipos de plásticos nos oceanos são variados. Contudo, a revista científica Nature Sustainability revelou uma preocupação com plásticos de embalagens de delivery de comida. Outro resíduo plástico bastante encontrado nos oceanos é proveniente de materiais de pesca. 

Além destas constatações, os plásticos do nosso cotidiano, como sacolinhas e descartáveis também são grandes poluentes. Além deles, existem os microplásticos, ainda mais preocupantes pelo modo como adentram as águas e não saem nunca mais. 

Os microplásticos estão presentes no detergente de limpeza, no esfoliante e até em tecidos, como o poliéster. Estes são lançados para as águas e causam preocupantes danos ao meio ambiente. 

Como o plástico nos oceanos afeta a vida marinha

Os plásticos não se decompõem facilmente, eles podem levar 500 anos para sumir, em alguns casos, ficam para sempre. Ao adentrar no espaço da vida marinha, podem ser consumidos pelos animais e levar até à morte. Ou ainda, impedem os animais de se movimentarem, como as alças de sacolinhas. E podem causar sufocamento, como é o caso dos canudos. O plástico nos oceanos pode contaminar a vida marinha, além de tantos outros efeitos nocivos.

Espécies mais atingidas

As espécies mais atingidas pelo plástico nos oceanos são as em extinção. Segundo dados do relatório da ONG Um Oceano Livre de Plástico, dos animais pesquisados, pelo menos metade ingeriu algum plástico. O mesmo relatório afirma que 1 em cada 10 animais que ingeriram plástico, morreram.

Quantidade de plástico nos oceanos

Os dados sobre a quantidade de plástico nos oceanos são alarmantes. Atualmente, estima-se que há 14 milhões de toneladas métricas de microplásticos no fundo dos oceanos. E já são cerca de 150 milhões de toneladas métricas de plástico flutuando nos oceanos. 

Seguindo essa velocidade, a quantidade deve triplicar até 2040. Anualmente, os oceanos chegam a receber onze milhões de toneladas de plásticos.

Consequências

As mudanças nos ecossistemas e na biodiversidade marinha já são acompanhadas. Além disso, existem cerca de 5 ilhas de plásticos flutuantes, uma para cada região dos Oceanos. Elas estão no Pacífico Sul, no Atlântico Norte, no Atlântico Sul, Oceano Índico e Pacífico Norte. A do Pacífico Norte, por exemplo, tem uma área equivalente à superfície da França, Alemanha e Espanha juntas.

As ilhas de plástico são grandes concentrações de lixo formadas, principalmente, por microplásticos. Além disso, há muito polietileno, o principal plástico descartável e grande emissor de gases de efeito estufa quando se decompõe ao sol. 

A poluição por resíduos plásticos nos oceanos contamina a água, prejudica a qualidade do ar. Além disso, impede que a vida marinha possa seguir com seu ciclo de vida natural, tão importante para a vida de todos.

Como evitar plástico nos oceanos

Para evitar plástico nos oceanos é preciso que todos mudem os hábitos. É preciso reconhecer que existem situações em que dá para não usar plástico. Por exemplo, a sacolinha de mercado, ou o canudo descartável na bebida. São detalhes que fazem a diferença, pois mostram às indústrias que não precisamos destes produtos. 

Além disso, os fabricantes precisam se posicionar quanto aos descartes de embalagens e plásticos. Uma das opções é investir em logística reversa, para impedir que estes materiais sejam descartados incorretamente. 

O plástico está presente em basicamente tudo o que usamos do vestuário, aos alimentos e bebidas e até entretenimento ou materiais de trabalho. Por isso, não dá para zerar o uso de plástico, mas é possível diminuí-lo.

Principais desafios

Um dos principais desafios está em vencer o hábito da facilidade que o plástico oferece no cotidiano. Nos acostumamos a usar plástico motivamos pela praticidade e, muitas vezes, pela economia. Por exemplo, roupas muito baratas tendem a usar mais materiais produzidos por microplásticos. É preciso pensar nos impactos de nossas decisões quanto ao consumo do plástico e o modo como nos relacionamos com ele.

Além disso, há o desafio da coleta seletiva. O plástico no Brasil ainda é pouco reciclado e alguns materiais não são aceitos pelas cooperativas devido ao baixo retorno financeiro. Para lidar com estas questões, as políticas públicas e privadas precisam se unir para construir soluções inteligentes e sustentáveis.

Outro desafio está na limpeza dos rios que já estão repletos de plásticos. Algumas cidades já se movimentam para despoluir os rios, mas ainda é pouco. É preciso construir mais formas de impedir que o resíduo plástico vá parar nas águas.

O que você pode fazer para evitar o plástico nos oceanos?

Para lidar com os desafios em manter o plástico fora das águas, algumas ações podem ser tomadas. São ações que podem ser feitas por pessoas e empresas. É preciso acreditar que cada ato conta.

Evite descartáveis

Quando possível, evite usar qualquer material descartável de plástico. Como consumidor, dizer não aos copos de plástico, talhares e pratos pode ser uma ótima alternativa. Evite a compra destes produtos para eventos e, quando realmente precisar, pesquise por opções biodegradáveis. As empresas também devem investir em soluções menos descartáveis.

Plásticos nos oceanos - produtos ecológicos
Reprodução: Unsplash

Coleta Seletiva

A coleta seletiva ainda é uma das alternativas mais inteligentes para lidar com os resíduos de plásticos, e outros. Através dela é possível enviar o lixo para o lugar adequado, onde será processado para fins comerciais. Ou, descartado corretamente. 

As empresas podem contratar empresas especializadas neste serviço, o mesmo pode acontecer com condomínios de casas e apartamentos. Caso não tenha coleta seletiva, descubra algum ecoponto por perto e leve seu lixo.

Plásticos nos oceanos
Reprodução: Unsplash

Roupas sem poliéster

O poliéster gera microplásticos que vão parar nas águas por todos os lugares. Por isso, quando possível, evite comprar roupas de material sintético. É verdade que muitas vezes estas roupas acabam ficando mais caras, mas, para um consumidor consciente não troca tanto de roupa. Vale a pena investir em uma roupa de melhor qualidade e durabilidade. Faz bem para o seu bolso e para o meio ambiente

Plásticos nos oceanos
Reprodução: Unsplash

Produtos de limpeza ecológicos

Os produtos de limpeza também geram muita poluição para as águas, por isso, dê prioridade aos ecológicos. As fórmulas biodegradáveis são elaboradas para diminuir o impacto negativo ambiental.

Plástico nos oceanos
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Diga não às sacolinhas de plástico

As sacolinhas de plástico geram muito lixo, o uso delas é tão descartável que não faz sentido seguir usando. Por isso, dê preferência para sacolas reutilizáveis, ou, sacolinhas biodegradáveis. Encontrar alternativas ecológicas para carregar as compras é a melhor alternativa.

Evitar sacolas plásticas
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Conheça como a REDDA+ e você pode ajudar a preservar o meio ambiente

A REDDA+ é uma instituição preocupada em integrar a natureza e a sociedade que a rodeia. Para tanto, cria projetos sustentáveis articulados com as diretrizes dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. E ainda, os mecanismos da REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal).

O uso dos ODSs e de REDD são importantes para criar projetos completos e sustentáveis. Um dos projetos da REDDA+ acontece em Portel, no Pará.

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