Mercado de Carbono no Brasil – Como Funciona?

O mercado de carbono no Brasil funciona de modo voluntário e sem incentivos fiscais. Apesar disso, já está tramitando no Congresso projetos de lei que buscam uma legalização eficiente. Enquanto isso, as empresas e pessoas tentam encontrar soluções para a redução de emissões de gases de efeito estufa no mercado de carbono.

As empresas estão entendendo que a preocupação sustentável faz bem para o meio ambiente, melhora a reputação da marca e atrai investidores. Sendo assim, um plano de ação que ajuda o empreendedor a crescer. As pessoas também estão empenhadas em entender como diminuir a pegada de carbono no dia a dia. 

Não dá para ignorar que o elevado índice de carbono na atmosfera estão causando destruições na natureza. E, consequentemente, na vida de cada um de nós. Sendo assim, a compra e venda de créditos de carbono é apenas mais uma forma para tentar lidar com essa situação. Neste post te convidamos a saber mais sobre o mercado de carbono no Brasil. Você também entenderá como a redução de emissão de CO₂ pode ajudar o crescimento da sua empresa.

Nesse post tem:

O que é mercado de Carbono?

O mercado de carbono está relacionado com a negociação de créditos de carbono. Estes créditos costumam ser oferecidos por empresas que conseguiram atingir suas metas de redução de gases de efeito estufa (GEE). Os compradores tendem a ser empresas que não conseguiram diminuir suas emissões, trata-se de um sistema de compensação de emissão de carbono. 

O interessante é que, as empresas que conseguem atingir a meta, encontram uma forma de ganhar dinheiro com essa conquista. E, o dinheiro da venda, pode ser revertido para ações de sustentabilidade na própria empresa. É uma forma de demonstrar envolvimento com a preservação do meio ambiente, seja pela redução de GEE e pelas mudanças de hábitos sustentáveis. 

Um crédito de carbono tem o valor equivalente a uma tonelada de dióxido de carbono (CO₂). É este crédito que é negociado no mercado de carbono e estão inclusos outros gases de efeito estufa além do carbono. As negociações também podem acontecer entre nações, os acordos são organizados entre as partes. 

As empresas que investem em compensação de carbono tendem a reduzir as emissões de carbono à zero. Isso acontece pelas ações aplicadas na empresa, ou ao adquirir créditos de carbono. Este processo dá a empresa o selo carbono neutro, ou carbono zero.

Os programas de carbono neutro realizam uma avaliação nas empresas para mensurar qual a compensação de emissões de CO₂ ideal. Então, as empresas e/ou nações, são direcionadas a comprar créditos de carbono que apoiem os projetos de preservação ambiental. 

Outra forma de entrar neste mercado de carbono é, você como indivíduo, calcular o carbono equivalente de sua pegada de carbono. Assim, poderá transformar em reais o quanto emitiu em gás carbônico e investir o dinheiro em uma organização ambiental.

O conceito de crédito de carbono surgiu a partir do Protocolo de Kyoto, em 1997. O protocolo estipulou metas e objetivos relacionados à redução de emissão de GEE de países desenvolvidos. Em 2015, o tratado foi substituído pelo Acordo de Paris e o mercado de carbono ganhou ainda mais impulso. De certa forma, o mercado de carbono é uma solução para auxiliar os países com dificuldades em atingir suas metas. 

Clique aqui e saiba mais sobre o que é carbono neutro

Imagem de Co2, a fórmula do dióxido de carbono dentor uma nuvem
Reprodução: Pixabay

Como funciona o mercado de crédito de carbono no Brasil?

No Brasil, o mercado de crédito de carbono já funciona em empresas que estão dispostas a neutralizar o carbono. Tudo é concretizado de maneira voluntária, e sem incentivos fiscais do governo. Neste caso, as empresas passam por uma avaliação para identificar qual o nível de emissão e como reduzi-lá. Além de colaborar para o bem-estar da natureza, as empresas se aproximam da agenda ESG.

O selo sustentável ESG (Environmental, Social and Governance) convida as empresas estreitarem seus compromissos a práticas ambientais, sociais e de governança. Assim as empresas se posicionam no mercado quanto às preocupações socioambientais e são vistas com bons olhos por investidores. Por fim, agregam valor aos clientes que, cada vez mais, estão consumindo de marcas sustentáveis.

Ainda no Brasil, há o Projeto de Lei 528/21 que visa a regulamentação da compra e venda do crédito de carbono no País. A proposta é que as negociações sejam realizadas por meio da implementação do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE). O foco é a redução das emissões de gases de efeito estufa e segue em tramitação no Congresso.

Espera-se que essas regularizações auxiliem ainda mais na identificação de projetos sustentáveis. Como os projetos que utilizam dos mecanismos REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal) e REDD+.

Clique aqui para entender os detalhes sobre o que é REDD. 

Integrantes da redda+ numa oficina em parceira com Insitituto Irama, na imagem duas mulheres e um homem no 1º plano entregando um diploma e ao fundo mais mulheres com crianças
A Redda+ é um dos projetos faz uso do mecanismo REDD – Foto: Diego Imai

Como comprar carbono no Brasil?

A compra de carbono no Brasil pode ser realizada por pessoas físicas ou jurídicas. Os créditos podem ser comprados em sites especializados em redirecionar esse valor para melhorias ambientais.

Existem empresas que cooperaram com a preservação da Amazônia, outras realizam plantações na Mata Atlântica. Ainda é possível encontrar organizações que redirecionam os valores da venda de carbono para outras ações de desenvolvimento sustentável.

Primeiro faça um inventário das suas emissões

É preciso realizar um inventário, um levantamento, sobre as emissões de GEE da sua empresa. Ou, no caso de pessoas físicas, calcular a pegada de carbono. Essa etapa é essencial para identificar quais são as áreas com maior índice de emissão e como elas podem ser reduzidas. Além disso, será possível observar qual a equivalência em CO₂ será necessária para compensar o carbono que não será reduzido. 

Essa auto-avaliação tende a ser repleta de revelações para as empresas. Elas costumam entender com mais precisão qual é o impacto positivo e negativo da empresa para o meio ambiente. É o momento para pensar em soluções inovadoras, práticas e até para investir em ações que possam reduzir custos a longo prazo.

Algumas empresas realizam a consultoria sobre emissões e compensação de carbono. Por exemplo, a MOSS, a Sustainable Carbon, a Eccaplan e a Frete Neutro.

Identifique o quanto de carbono você precisa comprar

Ao identificar a quantidade de emissões de gases de efeito estufa que sua empresa é responsável, faça uma avaliação sobre as soluções. É o momento para pensar com sua equipe sobre quais situações podem ser transformadas visando a redução de CO₂. E, então, observar quais são mais complexas.

Estes dados são importantes para você realizar o processo de equivalência, isto é, identificar qual o valor em reais você emite de carbono. É um jeito de monetizar as emissões, para então, efetivar a compra do crédito de carbono.

Escolha comprar de organizações e projetos engajados

Agora que sabe o valor em reais das suas emissões de carbono, é preciso encontrar uma organização com projetos sustentáveis. O dinheiro será doado para incentivar a continuidade de projetos de desenvolvimento sustentável.

Algumas organizações estão apoiadas nos mecanismos REDD+ e até nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. É o caso da Redda+ que desenvolve ações na região da Amazônia, buscando a compensação de carbono através de projetos socioambientais.

Continue investindo na redução de CO₂ 

Apesar da facilidade de comprar e vender créditos de carbono, é preciso dar continuidade em soluções que reduzem, de fato, o CO₂. Por isso, continue procurando respostas e alternativas que te ajude a diminuir as emissões de gases poluentes na atmosfera. 

Dê preferência para aparelhos com melhor eficiência e menor consumo de energia. Invista na coleta seletiva de resíduos sólidos e, se possível, diminua o uso de transporte individual. Também dá para evitar impressões desnecessárias, reduzir o plástico no dia a dia e ter uma consciência sustentável na hora de comprar.

Todos as pequenas ações colaboram para a redução de CO₂, é uma forma de ajudar o planeta a se reerguer. Não podemos esquecer de todas as consequências negativas do aquecimento solar e, se não agirmos, a tendência é só piorar.

Clique aqui e saiba mais sobre Qual a diferença entre aquecimento solar e efeito estufa?

Conheça como a Redda+ pode te ajudar 

A Redda+ é uma organização disposta a encontrar um equilíbrio sustentável entre a floresta e seus moradores. Para isso, desenvolve projetos apoiados nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU além de usar os mecanismos REDD. As propostas de ações são implementadas nas regiões da Amazônia, visando o crescimento econômico, social e ambiental. A Redda+ acredita que os três pilares são essenciais para um desenvolvimento sustentável que faz a diferença para todos. 

Além disso, a Redda+ se preocupa em realizar projetos que auxiliem na compensação de emissões de carbonos excessivas. Por isso, investe em ações que colaborem com a inserção de oxigênio na atmosfera, seja por meio de manejos sustentáveis. Ou investimento em educação ambiental para que as comunidades tradicionais possam usufruir da natureza com sabedoria. 

Atualmente, um dos projetos da Redda+ em pleno funcionamento acontece em Portel, no Pará. O trabalho tem como objetivo oferecer recursos inteligentes e sustentáveis para os povos tradicionais e os ribeirinhos. Clique aqui e participe deste movimento.

Redda Crédito de Carbono Compensação de Carbono
Foto: Diego Imai

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