Lixo que não se recicla – O que acontece com ele

Você já parou para pensar o que acontece com o lixo que não se recicla? Apesar de ser um tipo de questionamento que, na correria do dia a dia, escapa, é importante refletir sobre isso.

O lixo não reciclado vira produto acumulado, o que causa grandes impactos negativos para o meio ambiente e sociedade. Em alguns casos, o impacto pode ser até econômico. Um aterro sanitário que cresce demais, pede por mais espaço. A necessidade de espaço para guardar lixo é dinheiro jogado fora. Além disso, produz elevados níveis de metano, um dos principais gases de efeito estufa, causador do aquecimento global.

Viu? O seu lixo está, indiretamente, ligado ao aquecimento global e, consequentemente, às mudanças climáticas.

Para completar, o lixo que não se recicla é um desperdício de dinheiro, visto que alguns destes resíduos podem ser reaproveitados. A reciclagem gera renda para trabalhadores, permite a criação de novos produtos e até reestrutura produtos antigos com nova roupagem.

Algo de extrema importância, a reciclagem faz bem para a natureza e sociedade. Por isso, é preciso rever a relação da produção com as matérias-primas. Produzir e ignorar os impactos ambientais é uma prática que só prejudica ainda mais a sociedade. Para além da produção, a reciclagem ajuda na diminuição do lixo. Confira mais detalhes neste post.

Nesse post tem:

Por que reciclar?

A reciclagem é importante para evitar o excesso nos aterros sanitários e a necessidade de criar novos. Além disso, a reciclagem oferece um melhor destino aos resíduos, oferecendo alternativas de reuso. 

O ato de reciclar implica uma ação para diminuir os impactos ambientais, e também sociais. Isto porque o descarte incorreto do lixo também acarreta problemas para as cidades e vizinhanças. É preciso entender que a reciclagem é um processo importante para o meio ambiente e a sociedade em sua integridade. 

Dada sua importância, é preciso mudar a mentalidade em relação ao lixo que não se recicla. 

O reaproveitamento de materiais pode ser, inclusive, a oportunidade para investir em novos negócios. Os produtos surgem a partir da transformação do lixo em um novo produto. Com tantos detalhes envolvidos, é possível afirmar que reciclar é um ato generoso e inteligente. Trata-se de uma ação que volta positivamente para nós mesmos. 

Quais são os lixos recicláveis

Os lixos recicláveis são produtos que voltam à vida, à cadeia produtiva. Isto é, podem ser usados. O processo pode ser feito através de uma transformação em um produto completamente diferente, ou produtos semelhantes. Contudo, apesar das grandes possibilidades em reciclar um lixo, o trabalho precisa ser feito desde o descarte.

A reciclagem só pode acontecer se passar por um processo correto de descarte. Por exemplo: é preciso descartar o lixo após uma limpeza. Para você entender melhor como funciona, confira esta lista com alguns produtos considerados recicláveis.

Plásticos

Os plásticos estão presentes no cotidiano por todos os lados. Apesar do elevado número consumido, pouco passa pelo processo de reciclagem. Seja pela falta de ações políticas, seja pelo mau hábito de realizar a reciclagem, ou pelo descarte incorreto. 

Acredita-se que dos 11,3 milhões de toneladas deste resíduo produzidas por ano, apenas 1,28% são de fato recicladas. Os dados são da WWF com o Banco Mundial. Os números colocam o Brasil no 4º lugar mundial de produtor de lixo plástico. Por ano, o Brasil chega a descartar cerca de 4,7 bilhões de garrafas PET.

Além das garrafas PETs, as embalagens de produtos de limpeza, potes de cremes e shampoos podem ser recicladas. Também as sacolas, brinquedos e etc.

Reprodução: Pixabay

Metais

No caminho contrário aos plásticos, o Brasil é considerado um dos maiores recicladores de latas de alumínio. Só em 2020, o Brasil fechou o ano com cerca de 319,5 mil latas recicladas, das 402,2 mil vendidas. Os dados são da Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas).

Os metais são separados em ferrosos (uma combinação de ferro e carbono) e não-ferrosos. O alumínio é um exemplo de metal ferroso, além do cobre. Os não-ferrosos costumam ser usados na construção de máquinas, automóveis, etc. No mundo, os metais ferrosos são os mais reciclados, além das latinhas, existem as molas, arames, pregos, esquadrias, etc.

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Papel

O papel é pouco reciclado no Brasil, cerca de 37% do material produzido. A reciclagem do papel é importante para o meio ambiente, além de diminuir a quantidade de energia e água usada na produção. Você sabia que para fabricar uma tonelada de papel é preciso 100 mil litros de água? Os reciclados precisam de apenas dois mil litros por tonelada. 

Além disso, vale ter em mente que uma tonelada de aparas de papel precisa cortar de 10 a 12 árvores. Alguns papéis que podem passar pela reciclagem são os jornais, revistas, cartolinas e embalagens ‘longa-vida’. 

O que faz do papel um lixo que não se recicla tanto, é o fato de que o descarte otimizado não é feito. Para que o material possa ser mais facilmente reciclado, é necessário que ele seja rasgado ao ser descartado e não amassado. 

Segundo a Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa) ao ser amassado, as fibras do papel perdem a resistência mais facilmente, o que torna o processo mais trabalhoso e com maior emissão de gás carbônico.

Reprodução: Pixabay

Vidro

O vidro demora cerca de 5 mil anos para se decompor, contudo, pode ser 100% reciclado e infinitamente. Por isso, é preciso investir e ter cuidado para que a reciclagem deste lixo aconteça, para que ele não se perca nos aterros. Entretanto, o Brasil ainda não tem a cultura de reciclagem de vidros.

O fato de o vidro ter baixo valor agregado para os catadores e cooperativas faz com que, muitas vezes, a coleta e reciclagem do vidro fique por conta das empresas que o produzem. Contudo, nem sempre compensa, visto que a matéria-prima tem baixo custo de produção. Enfim, é um lixo que não se recicla, mas que precisa entrar nesse universo.

Alguns vidros presentes no cotidiano são: garrafas, copos, tampa de forno, frascos e potes de conserva. Os potes, inclusive, podem ser reutilizados para guardar outros produtos, sem a necessidade de serem descartados.

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Orgânicos

Os lixos orgânicos, como os restos de comida, não costumam estar na lista de lixos recicláveis, porém, eles podem ser melhor descartados. Apesar de não gerarem novos produtos, o lixo orgânico pode ser compostado e virar adubo. 

A compostagem é um processo natural de decomposição de matérias orgânicas. Através deste processo, os restos de comida viram ótimos adubos para as plantas da casa e até para outros lugares. Inclusive, já existem cooperativas que recolhem lixos orgânicos para produção de adubo.

O fato é que esta ação é importante para diminuir os impactos nos aterros do lixo que não se recicla. Sendo assim, invista na composteira domiciliar (acredite, a água não tem mau cheiro) ou, em projetos para sua empresa, e condomínio.

Reprodução: Pixabay

Quais são os lixos não recicláveis

Os lixos não recicláveis precisam de atenção duplicada, visto que alguns podem contaminar o solo. Para tanto, é preciso tomar alguns cuidados, como descartar lixos não recicláveis nos lugares certos. Por exemplo, pilhas e baterias não são recicláveis, mas devem ser separados e descartados em pontos de coleta seletiva.

Plástico

Alguns plásticos não são recicláveis, entre eles estão a embalagem metalizada (aquela do café e do salgadinho). Também tem a esponja, o acrílico e as bandejas de plástico.

Reprodução: Pixabay

Vidros

Os vidros que não são recicláveis são: óculos, lâmpadas, ampolas de remédios, cerâmicas. Mas, lembre-se de descartar corretamente. Estes vidros são o motivo de muitos acidentes entre os catadores e coletores de lixo. É preciso bastante cuidado no descarte, para não cortar ninguém.

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Papel

Alguns papéis como os plastificados, as etiquetas adesivas, os papéis engordurados, guardanapos e papéis parafinados. Observe que quanto menos ‘puro’ é o papel, mais processo químico ele passou, mais impossível fica a sua reciclagem.

Reprodução: Freepik

Metal

Os metais não recicláveis são: clipes, tachinhas, grampos, latas de inseticidas, esponjas de aços, entre outros. Em alguns casos, vale a pena evitar o uso, para gerar menos lixo.

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Lixos químicos e hospitalares

Estes resíduos não podem ser descartados de qualquer forma. Além de não serem reciclados, devem ser separados. Existem pontos de coleta específicos para este tipo, procure antes de fazer o descarte.

Reprodução: Pixabay

O que acontece com o lixo que não se recicla?

O lixo que não se recicla é direcionado para aterros sanitários. Estes espaços são preparados para receber os lixos que vão se decompor ao longo da vida. Inclusive os que levam anos e anos para isso.

Além disso, existe a seleção de lixo que não se recicla e são considerados contaminados, estes precisam de atenção especial. Exatamente para evitar contaminações cruzadas e causar impactos ainda maiores na natureza. Podendo chegar nas casas das cidades.

Diferente dos lixões, os aterros sanitários são organizados para causar menor impacto ambiental. Também auxiliam na diminuição da liberação de gás metano e buscam gerar energia com as emissões de gases. Os lixões não têm controle, sendo nocivos para a natureza e sociedade.

Pensando no lixo que não se recicla, é preciso avaliar os hábitos e estilo de vida. Considerar a escolha dos produtos com base na geração do lixo. Será mesmo que é necessário comprar um papel de presente que não pode ser reciclado? Existe outra alternativa? E, no caso das sacolinhas, existe uma alternativa mais sustentável? 

A produção de lixo precisa ser vista com mais seriedade. 

Vantagens de reciclar

As vantagens de reciclar são diversas, desde diminuir a quantidade de matéria-prima extraída, até diminuir a quantidade de lixo. 

Em 2020 o Brasil gerou cerca de 77,7 milhões de toneladas de lixo. Isso significa que cada brasileiro chegou a produzir mais de 1kg de lixo por dia. Os dados são do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, estudo feito pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos.

Note que a produção de lixo é muito grande, por isso é importante investir em reciclagem. Confira mais vantagens de reciclar:

  • Geração de empregos;
  • Economia de gastos – em energia e água;
  • Apoio na conservação e preservação do meio ambiente;
  • Ajuda a frear o aquecimento global;
  • Redução de lixos enviados para aterros sanitários;
  • Diminui a poluição;
  • Oportunidade para novos negócios;
  • Incentiva a inovação de produtos;
  • Diminui a extração de matéria-prima
  • Melhora a qualidade de vida.

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Uma das preocupações da REDDA+ é incentivar o crescimento da consciência sustentável. Para isso, desenvolvemos projetos inteligentes, que se conectam com a necessidade da sociedade, bem como da natureza. É uma forma de articular as relações naturais e sociais, mostrando a importância do equilíbrio da vida da humanidade com a floresta.

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O projeto desenvolvido em Portel, no Pará, é um bom exemplo das conquistas de REDDA+. As metas são ambiciosas e não ignoram a beleza da cultura local, bem como as prioridades para melhorar a qualidade de vida. A REDDA+ também se preocupa com a compensação de carbono, realizando atividades específicas e parcerias pontuais. Clique aqui e conheça mais sobre a REDDA+.

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Foto: Diego Imai

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