Os climatarianos entendem que uma boa alimentação faz bem para a natureza e o corpo humano. Para isso, é preciso investir em hábitos alimentares de menor impacto negativo para o meio ambiente. Como diminuir o consumo de carnes, valorizar os produtores locais e evitar o uso de plásticos.
Apesar da dieta climatariana lembrar os veganos e vegetarianos, eles não são considerados sinônimos. Alguns fatores são distintos, mas é possível dizer que os veganos e vegetarianos têm um pouco de climatarianos em si. Afinal de contas, todos entendem o quanto o estilo de vida reflete no bem-estar do planeta, da natureza e da saúde.
A preocupação dos climatarianos está atrelada ao equilíbrio alimentar. É possível comer de tudo um pouco, desde que o impacto com a natureza seja considerado. Para isso, considere a pegada de carbono que indica a quantidade de emissões de gases de efeito estufa do alimento.
Pela perspectiva do climatariano, ter sempre um abacate à mesa não é ser amigo da natureza. A sazonalidade do alimento e sua origem são importantes, elas definem os impactos ambientais. Além destes cuidados, você pode compensar sua pegada de carbono e até apoiar uma organização sustentável, como a REDDA.
Nesse post tem:
- Mas o que são climatarianos de fato?
- Qual a diferença entre um climatariano e um vegano ou vegetariano?
- A conscientização do impacto da alimentação do planeta
- O que é a pegada de carbono dos alimentos?
- Quais são os melhores alimentos para a diminuir a pegada de carbono?
- Como se tornar um climatariano?
- Compra de créditos de carbono individual
- Conheça a REDDA
Mas o que são climatarianos de fato?
Os climatarianos são pessoas que mudaram os hábitos alimentares pela preservação da natureza. Este desejo de ter uma vida de menor impacto ambiental, também está no prato de comida. Por isso, os climatarianos dão preferência para os produtos sazonais.
Além da escolha por consumir os produtos sazonais, os climatarianos também optam pelos produtores locais. No supermercado, o carrinho estará cheio de produtos naturais, praticamente nenhum industrial.
O plástico e isopor não existem na vida do climatariano, inclusive, quando possível, compram produtos a granel. Por fim, diminuem o consumo de carnes. Inclusive, parar de comer carne vermelha foi um dos incentivos de Mike Tidwell, ativista ambiental e fundador da Chesapeake Climate Action Network, para este estilo de vida.
O ativista usou a expressão ‘climatariano’ há mais de 10 anos. Os projetos dele estão preocupados com a conscientização ambiental no nosso dia a dia.
Qual a diferença entre um climatariano e um vegano ou vegetariano?
O climatariano está preocupado com os impactos ambientais de suas ações diárias. Por isso, tenta ao máximo minimizar o uso de recursos nocivos para a natureza. Até aqui é parecido com o vegano e até mesmo o vegetariano.
No caso do climatariano, as carnes e produtos de origem animal são permitidos, porém, em quantidades moderadas. Quando possível, a preferência está nas criações orgânicas e de pequenos produtores.
A dieta climatariana é ideal para as pessoas com consciência ambiental, mas não conseguem largar os produtos de origem animal. Optar por uma dieta responsável, que pense nos impactos ambientais é uma mudança de grande impacto positivo.
Ou seja, diferente do vegano ou vegetariano, o climatariano pode consumir produtos de origem animal, porém com responsabilidade ambiental.
A conscientização do impacto da alimentação do planeta
Entender quais os impactos da alimentação no planeta é bom para quem está comendo e para o meio ambiente, a diversificação e redistribuição dos padrões de consumo são o objetivo do climatariano.
É possível comer bem, tendo qualidade nutricional no prato, mantendo uma boa relação com a natureza. A carne vermelha, por exemplo, é um dos produtos que mais contribui para o aquecimento global.
Para a produção de gado é preciso pasto, então, adeus verde. O gado emite muito gás metano. Suas emissões de gases superam a do frango, por exemplo. Por fim, a quantidade de água usada pela pecuária, em um ano, supera o uso de muitas cidades no mesmo período.
O cenário da carne acontece devido ao consumo frenético do produto. A lógica seria: quanto menos consumirmos, menos produção será necessária. Nossas ações podem moldar o mercado, ao invés do mercado ditar como devem ser os nossos hábitos alimentares.
Para este caso, vale a pena considerar a fala menos plástico, mais qualidade. É qualidade de vida e qualidade ambiental. Para ser um climatariano, é preciso considerar a pegada de carbono dos alimentos.
Saiba mais também como evitar o uso de plástico no dia a dia.
O que é a pegada de carbono dos alimentos?
O climatariano tem uma alimentação seletiva e também se preocupa com a pegada de carbono dos alimentos. Por isso, dão prioridade para comidas de produção local ou próxima do consumo.
Conheça algumA pegada de carbono dos alimentos é uma forma de saber se a comida é produzida com consciência ambiental. Esta pegada acompanha o produto desde a extração da matéria-prima até o descarte final.
As informações da pegada de carbono estão relacionadas às emissões de gases de efeito estufa. Durante o ciclo de vida do alimento como produto, toda a relação com o meio ambiente é considerada. Desta forma, é possível observar os impactos ambientais.
O Brasil ainda engatinha na representação desta pegada de carbono em seus alimentos, por isso, vale a pena considerar a origem. Outra alternativa, é conhecer a empresa responsável pelo alimento e se tem consciência sustentável.
Fora do Brasil, algumas empresas usam os rótulos sustentáveis para informar o nível de emissão de carbono do produto. Além disso, cobram valores mais altos de produtos que emitem mais carbono em seu processo. É uma forma de incentivar o consumo de alimentos com pegada de carbono reduzida.
Clique aqui e entenda mais sobre o que é a pegada de carbono e como ela afeta a sua vida.
Quais são os melhores alimentos para a diminuir a pegada de carbono?
Para diminuir a pegada de carbono, dê prioridade a alimentos produzidos localmente e de pequenos agricultores. Verifique se sua cidade tem produtores orgânicos e considere comprar deles. Outra alternativa, é consumir os alimentos naturais conforme a sazonalidade. Por exemplo, prefira comer abacaxi nos meses de setembro a dezembro.
Estar atento à sazonalidade dos alimentos é uma alternativa benéfica para o meio ambiente, sua saúde e seu bolso. As frutas, verduras e legumes da “época” costumam ser mais baratas quando compradas nos seus meses. Além disso, por conta da quantidade, são mais frescas.
No caso de carnes, e produtos de origem animal, opte pelos criadores com responsabilidade ambiental. Para isso, se não tiver informação no rótulo, vale a pena realizar uma rápida pesquisa. No Brasil, isto significa gastar mais dinheiro, mas como o seu consumo será equilibrado, vale a pena.
Alguns alimentos são embalados por uma questão de praticidade. Por exemplo, as frutas cortadas e guardadas em plásticos e isopor. Se você não tem limitação motora, o que justifica o uso destas alternativas, opte pelo natural. Leve os produtos inteiros para casa, além de se conservarem por mais tempo, você evita as embalagens.
Vale lembrar que os alimentos industriais e os ultraprocessados têm mais pegada de carbono. Por isso, quando possível, evite.
Caso contrário, opte por empresas que consideram o impacto ambiental e o reduzem de alguma forma. O mais interessante aqui é que, ser climatariano é cuidar melhor da sua saúde, além da natureza.
Como se tornar um climatariano?
Para se tornar um climatariano basta mudar hábitos alimentares. Reflita sobre o que você está comendo, quais as relações destas comidas com o meio ambiente e sua saúde. Então, invista em uma dieta natural, diminua os industrializados. É tudo um processo, leva tempo.
Neste processo, comece a pesquisar sobre produtores orgânicos, agricultores locais. Também aprenda a diminuir o consumo de carne no dia a dia. Comece inserindo a segunda-feira sem carne, depois, use alternativas para a carne vermelha.
Que tal criar um calendário de carnes na refeição? Pode ajudar bastante.
A mudança nos hábitos alimentares é importante para o meio ambiente, porém, vai além. Você notará mudanças na sua saúde e disposição no cotidiano.
O interessante da dieta climatariana é você observar as consequências desta decisão em sua própria vida, hoje! Além disso, ficará satisfeito em pensar no bem que está plantando para as futuras gerações.
Compra de créditos de carbono individual
No percurso da nossa vida deixamos pegadas de carbono.
Algumas é possível diminuir, mas é impossível zerar. Por isso é importante pensar em como compensar as emissões de carbono do nosso dia a dia.
Para isso, vale a pena realizar um cálculo. As calculadoras de carbono nos ajudam a ter uma noção do quanto de carbono emitimos, a depender do nosso estilo de vida. Se precisar de ajuda, nós elaboramos um guia prático de como calcular pegada de carbono. Os valores são oferecidos em poucos minutos e sem precisar fazer cadastros.
Após saber o quanto de carbono você emite, existe a alternativa de comprar créditos de carbono. Esta compra de créditos é uma forma interessante e funcional de você compensar o uso do carbono. Funciona mais ou menos assim:
- 1 tonelada de carbono equivale a 1 crédito;
- As calculadoras convertem o valor de créditos em reais;
- você pega este valor e investe em alguma organização ou empresa que participa de projetos ambientais sustentáveis.
Viu como é simples? É uma forma de voltar boas ações para o planeta. Por exemplo, as suas emissões de carbono resultaram em R$ 100 reais. Este é o valor que você doará para uma organização que apoia cidades sustentáveis. Ou, uma organização que planta árvores. Também tem organizações investindo na doação de alimentos originários de agricultores orgânicos.
Escolha um projeto que mais se identifica e faça a sua doação. Desta forma, você compensa a sua emissão de gases de efeito estufa e ajuda a preservar o meio ambiente.
Conheça a REDDA e como podemos, juntos, diminuir o impacto de carbono.
A REDDA é uma organização preocupada com os impactos causados pelos humanos nos recursos naturais. Para lidar com estes impactos, desenvolvem diversos projetos apoiados nos mecanismos de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal.
Os projetos da REDDA acontecem em regiões da Amazônia, por exemplo, na comunidade de Portel, no Pará. Nesta comunidade, a REDDA está desenvolvendo uma cidade sustentável conforme as diretrizes da ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Os objetivos reafirmam a necessidade de um crescimento integrativo.
O crescimento e desenvolvimento de uma comunidade deve considerar suas relações ambientais, sociais e econômicas. O trabalho da REDDA é justamente auxiliar na aplicação destas ações para que a comunidade possa crescer de forma sustentável e ainda tenha uma economia autônoma.
Nesta relação entre a REDDA e as comunidades, conseguimos diminuir o impacto de carbono no meio ambiente. Através do incentivo para viver equilibradamente com a floresta e ainda apresentando alternativas mais sutentáveis.
Clique aqui para saber mais sobre os projetos da REDDA e como você pode se envolver.