O povo ribeirinho da Amazônia são os povos originários da Amazônia, isto é, participam da história daquele lugar, como moradores. Entre eles, estão os nativos e migrantes. Estes moradores são conhecidos como ribeirinhos por morarem à margem dos rios. Suas comunidades estão fortemente vinculadas à natureza fluvial, para alimentação e transporte.
As relações de vida – social, econômica e cultural – do povo ribeirinho da Amazônia estão conectadas com a dinâmica das águas. Além disso, a relação com a floresta se dá pela busca por medicações naturais e também alimentação. Por fim, o povo ribeirinho da Amazônia tem bastante conhecimento sobre a fauna e flora da floresta.
Apesar desta relação intrínseca com a natureza, este povo precisa de atenção. A falta de políticas que levem à eles saneamento básico e saúde é uma das preocupações atuais desta comunidade. É preciso aplicar um projeto que possa integrar melhor os conhecimentos dos ribeirinhos e o acesso à qualidade de vida.
Neste post, você conhece mais sobre o povo ribeirinho da Amazônia e sobre a REDDA, que desenvolve um projeto sustentável em parceria com o Instituto Ribeirinhos da Amazônia (IRAMA). Confira agora mesmo.
Nesse post tem:
- Povos Originários: Quem é o povo ribeirinho da Amazônia?
- Qual é a história do povo ribeirinho da Amazônia?
- Onde e como vivem o povo ribeirinho da Amazônia nos dias atuais?
- Conheça a REDDA
Povos Originários: Quem é o povo ribeirinho da Amazônia?
O povo ribeirinho da Amazônia são os moradores que vivem nas beiras dos rios da Amazônia. O termo ribeirinhos e ribeirinhas é o modo que a população tradicional é popularmente chamada. O termo é originário da característica de residirem perto dos rios, viverem da pesca tradicional e manterem um estilo de vida natural.
Por isso, encontramos povos ribeirinhos em diversas partes do Brasil, por exemplo, no Pará, em Mato Grosso e em Goiás. O que os define como ribeirinhos não é o estado, mas sua relação de vida com o rio. Os ribeirinhos moram às margens dos rios, igarapés, igapós e lagos e têm a vida direcionada pela sazonalidade das águas.
Na Amazônia, o povo ribeirinho mantém uma forte relação com o ciclo dos rios. Apesar disso, também sobrevive do roçado, da caça e do extrativismo. A economia dos ribeirinhos está ligada à comercialização de frutos, peixes e farinha para os centros urbanos.
Qual é a história do povo ribeirinho da Amazônia?
O povo ribeirinho da Amazônia é originário do século XIX, época do ciclo da borracha. A promessa de trabalho foi o suficiente para atrair migrantes nordestinos. A extração de látex foi por um longo tempo a economia da região. Em 1950, a crise da borracha deixou muitos seringueiros sem trabalho e alguns permaneceram na floresta.
Por isso, a história dos ribeirinhos inclui a miscigenação de povos nativos e colonizadores portugueses, além dos migrantes nordestinos. Todos vivendo às margens dos rios, na floresta, tentando descobrir um modo de sobreviver com a natureza. Os novos moradores foram se adaptando à vida com os rios, principalmente ao redor do Rio Negro e Rio Amazonas.
Apesar do número crescente de moradores, as políticas públicas não acompanharam esta transformação. Desta forma, muitas das vizinhanças ribeirinhas não possuem energia elétrica ou tratamento de esgoto. E o rio segue sendo o principal meio de sobrevivência dos ribeirinhos, seja pela comida ou por ser as vias de transporte.
Onde e como vivem o povo ribeirinho da Amazônia nos dias atuais?
Atualmente, o povo ribeirinho da Amazônia preserva a cultura tradicional passando histórias orais de geração em geração. Incluindo os conhecimentos nativos sobre a floresta, os mitos e tradições. Os ribeirinhos vivem basicamente de recursos naturais e a sua alimentação depende da dinâmica natural dos rios.
Em terras secas, a mandioca, o palmito e o açaí são os produtos naturais extraídos pelo povo ribeirinho. Inclusive, o açaí faz parte da sua economia já que o fruto é comercializado nos centros urbanos. A ilha do Marajó é o principal ponto de extração do açaí, a coleta é feita há gerações pelos ribeirinhos.
As casas em madeira de palafitas – casas construídas sobre troncos ou pilares – são bem comuns nas comunidades ribeirinhas. Ter a casa no alto foi uma alternativa encontrada para lidar com a sazonalidade das águas. Em algumas temporadas, as águas sobem e invadem as comunidades por completo, águas que passam a altura dos joelhos. Os rios se transformam nas ruas, e os ribeirinhos usam suas canoas.
Proximidade com centros urbanos
Apesar do isolamento geográfico, algumas comunidades ribeirinhas estão próximas de centros urbanos. Por isso, é possível encontrar características de cidades em vizinhanças ribeirinhas. Por exemplo, casas com televisão, fogão elétrico e geladeira. Contudo, muitas comunidades não possuem saneamento básico, como tratamento de esgoto.
Este é inclusive uma das preocupações, visto que as comunidades crescem e geram lixos que podem causar doenças. Além disso, sofrem com a ausência de atendimento médico. Alguns projetos e ações são necessários para atender o crescimento populacional e a relação com a natureza. Desta forma, os povos ribeirinhos podem viver de forma sustentável e saudável entre eles e a natureza.
Não apenas isso, mas a relação social do povo ribeirinho da Amazônia é delicada. Em algumas comunidades, a escola segue padrões nacionais que ignoram a cultura tradicional. É preciso ações que integrem a história dos ribeirinhos, o conhecimento deles da fauna e flora da floresta. Este conhecimento é essencial para a preservação socioambiental do povo ribeirinho da Amazônia.
Conheça como a REDDA e você pode ajudar a preservar os povos tradicionais da Amazônia
A REDDA é uma organização preocupada em manter viva a história e cultura do povo ribeirinho da Amazônia. Além disso, acredita que é possível construir uma comunidade integrada à natureza, mantendo sua cultura e oferecendo qualidade de vida. Para isso, a REDDA tem como diretrizes os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e os mecanismos REDD.
Saiba mais sobre o que é REDD neste post.
O projeto da REDDA acontece na área de Portel, no Pará, e visa o crescimento sustentável da comunidade. Levando em consideração a importância de um desenvolvimento econômico, social e ambiental, mantendo o equilíbrio na comunidade. Além disso, investe em práticas que compensam as emissões de carbono.
Através de vários projetos como este, a REDDA se posiciona como uma organização preocupada com o meio ambiente. Não apenas a preservação e conservação da natureza, mas a construção de um ambiente social adequado para os seres humanos viverem.