Qual a importância da Bacia Amazônica?

Para entender qual a importância da Bacia Amazônica é preciso compreender o que é a bacia hidrográfica. Cerca de 40% da bacia Amazônica está no Brasil, o restante perpassa por 7 países da América do Sul. Além disso, ela tem um dos maiores rios do mundo, o Rio Amazonas.

Toda a grandiosidade da Bacia Amazônica já mostra o quanto ela é importante por gerar movimento, alimento e mercado para os moradores da região. Também é importante para o planeta, por permitir que um rico ecossistema funcione, possibilitando o equilíbrio natural. Por exemplo, as mudanças climáticas, advindas do aquecimento global, passam por estas águas.

Na Bacia Amazônica acontece muita vida já que o grande volume de águas cria uma dinâmica particular. Existem pontos que chegam a ficar 10 meses inundados, por isso, é possível encontrar animais de vida semiaquática. São tantas as riquezas da bacia que fica difícil elencar qual a importância da Bacia Amazônica, talvez a principal seja a vida!

Conheça mais sobre a bacia Amazônica, suas relações com a natureza e o Rio Amazonas. E junto com REDDA+ participe de projetos e ações que ajudam a conservar e preservar a Amazônia.

Nesse post tem:

Hidrografia da Bacia Amazônica

Uma bacia hidrográfica consiste em uma formação natural de parte água, parte terra. A bacia hidrográfica capta as águas da chuva, advindas de diversos rios, até o rio principal. No Brasil, existem cerca de 12 bacias hidrográficas, distribuídas em todo o território nacional. São elas:

  • Bacia Amazônica
  • Bacia do Rio São Francisco
  • Bacia do Tocantins Araguaia
  • Bacia do Parnaíba
  • Bacia Atlântico Nordeste Ocidental
  • Bacia Atlântico Nordeste Oriental
  • Bacia Atlântico Leste
  • Bacia Atlântico Sudeste
  • Bacia Atlântico Sul
  • Bacia do Paraná
  • Bacia do Paraguai
  • Bacia do Uruguai

As quatro principais bacias do Brasil são: bacia do Rio São Francisco, bacia do Tocantins Araguaia. Além da formação entre as bacias do Paraná, Paraguai e Uruguai, conhecida como bacia Platina ou bacia do Rio Prata. A bacia Amazônica é considerada a maior do Brasil e do mundo. Todas as águas que deságuam no rio Amazonas constroem esta imensa bacia hidrográfica.

O principal rio é o Amazonas, por isso a bacia recebe o mesmo nome. Ele nasce na cordilheira dos Andes, no Peru, mas lá recebe o nome de Apurímac. Inclusive, nos países andinos o Rio Amazonas é conhecido como rio Marañón.

Quando o rio Marañón entra em território brasileiro, passa a ser chamado de Solimões. Ele  vai se tornar, de fato, Rio Amazonas, após o famoso encontro com o Rio Negro, marcado pelas águas claras e escuras que não se misturam. Após cumprir todo o percurso, passando inclusive pelo Brasil, o rio Amazonas deságua no Oceano Atlântico.

A Bacia Amazônica fica localizada na região norte do Brasil e abrange 7 estados. As áreas da hidrografia estão em planícies e planaltos.

Foto: Diego Imai

Características principais da Bacia Amazônica

A Bacia Amazônica passa por diversos estados brasileiros e outros países, como Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana Inglesa, Peru, Suriname e Venezuela. No Brasil, os estados são: Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Pará e Amapá.

Os 7 mil quilômetros da Bacia Amazônica a colocam como o maior reservatório de água doce do mundo. Suas águas são constituídas por regime misto, isto é, recebem águas da chuva e do degelo de neve. A constância das chuvas na região da Amazônia se dá por sua posição geográfica.

Além disso, é na Bacia Amazônica que se encontra a maior floresta equatorial e tropical do mundo, a floresta Amazônica. Não à toa, a bacia Amazônica possui uma grande diversidade de fauna e flora, além de ser responsável pela vida na floresta. 

Os principais afluentes da Bacia Amazônica

A bacia Amazônica está situada no hemisfério norte e no hemisfério sul, por isso, recebe os dois períodos de chuvas. Cada hemisfério tem um período diferente de chuva, o que mantém a constância das chuvas na bacia. Formada por mais de 1.000 afluentes, estes colaboram com a manutenção do volume de águas.

Alguns dos principais afluentes, em solo brasileiro, são:

  • O rio Madeira;
  • O rio Tapajós;
  • O rio Negro;
  • O rio Xingu;
  • O rio Branco
  • O rio Solimões.

Outra característica interessante do Rio Amazonas é que, em época de seca, ele atinge até 11 quilômetros de largura. Em época de chuva, pode atingir até 50 quilômetros de largura. Por isso, existem trechos que é impossível ver a margem oposta, somados ao fato de ter curvas acentuadas da superfície terrestre.

O Rio Amazonas tem uma profundidade média de 50 metros e o ponto mais profundo pode chegar a 120 metros. Para se ter uma ideia, daria para colocar o Cristo Redentor (38 metros) e a Estátua da Liberdade (93 metros) debaixo d’água.

A bacia Amazônica tem o maior aquífero do mundo

Entender qual a importância da Bacia Amazônica é também entender que o grande volume de águas dela realmente impressiona. Além disso, também conta com um importante aquífero. O aquífero Alter do Chão está localizado em três estados da região Norte. Ele é considerado uma das maiores reservas subterrâneas de água do mundo, em termos de volume de água.

O aquífero está localizado mais precisamente em algumas partes do estado do Amazonas, Pará e Amapá. Seu sistema fechado chega a 430 metros de profundidade. E o ambiente aberto, 50 metros de profundidade.

Em Manaus, cerca de 40% do abastecimento da cidade é feito a partir das águas do Alter do Chão. Contudo, é preciso lembrar que o aquífero precisa de constante conservação e preservação para evitar contaminações no solo e na água.

Foto: Diego Imai

Áreas úmidas e terrestres na Bacia Amazônica

A frequência da chuva na Bacia Amazônica causa áreas de alagamento em determinadas épocas do ano. A variação no volume de águas impulsiona modificações no terreno ao longo do ano, sendo possível identificar dois tipos de áreas: terrestre e úmida.

As áreas que não sofrem com as inundações das águas dos rios, são denominadas áreas secas, ou terra firme. Contudo, cerca de 30% da bacia Amazônica tem suas terras molhadas pelos alagamentos, por isso são denominadas áreas úmidas. Alguns dados informam que as áreas úmidas ocupam cerca de 125.000km quadrados.

Estas áreas costumam ter o solo encharcado por águas doces, salgadas ou salobras. As áreas ao longo do Rio Amazonas são conhecidas como alagáveis, identificadas como várzeas e igapós. Confira as diferenças entre elas:

  • Várzeas: áreas férteis banhadas por rios de água branca ou barrenta. É bastante presente às margens dos rios Solimões, rio Amazonas, Madeiras e Purus. As várzeas altas chegam a ficar 50 dias alagadas, com águas a menos de 3 metros de altura. Já as várzeas baixas passam mais de 50 dias alagadas. A altura da água pode atingir até 7 metros.
  • Igapós: são áreas menos férteis, banhadas por águas pretas e claras. As áreas recebem muita decomposição de materiais vegetais (folhas, troncos, galhos). São águas ácidas, como a do Rio Negro. Os rios de água clara que banham os igapós são os rios Tapajós, Xingu, Araguaia, Branco e Trombetas. As matas de igapós chegam a ficar até 10 meses alagadas. Por isso, existe uma rica diversidade de fauna e flora, principalmente da espécie semiaquática ou arbórea. As águas sobem até 10 metros.

Qual a importância da Bacia Amazônica

O grande volume de água da Bacia Amazônica é importante como matriz energética. Inclusive, das cinco hidrelétricas do Brasil, quatro estão na Amazônia Legal e existem outras centenas de pequenas hidrelétricas. A hidrelétrica Belo Monte, no Rio Xingu, é uma das maiores na região. Apesar das controvérsias, já existem projetos para a construção de mais hidrelétricas na região.

A Bacia Amazônica também é importante para o deslocamento dos povos tradicionais e indígenas. Os rios são as ruas destes povos, que vão e vêm em navegações. Além disso, usam o rio para retirar seus alimentos, para consumo próprio, ou como mercadoria. Cerca de 20 mil quilômetros de rios estão aptos para navegação.

Além destes detalhes, a bacia Amazônica conta com grande diversidade de fauna e flora, e também alimenta muitos seres vivos. É importante para a conservação e preservação do ecossistema da região.

A atividade turística também usufrui da bacia Amazônica. Passeios ecológicos pela floresta e pelos rios, com paradas em praias de água doce.

Foto: Diego Imai

Conheça como a REDDA+ e você podem ajudar a preservar a Amazônia.

A REDDA+ é uma iniciativa sustentável, que se propõe a apoiar e desenvolver projetos pensados para o bem-estar ambiental. Porém, compreende que o meio ambiente é constituído de relações sociais e econômicas, por isso, busca ações integrativas. Não se trata apenas de preservar a Amazônia, mas de entender suas reais necessidades, compreendendo que ali já existe vida acontecendo.

Por isso, a REDDA+ atende os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, buscando uma união entre crescimento e desenvolvimento. Através destes objetivos é possível ter uma visão ampla das emergências de cada região. Além disso, a REDDA+ usa os mecanismos REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal).

Os mecanismos REDD são importantes norteadores para projetos que envolvem a compensação de carbono. O carbono é um dos principais gases de efeito estufa, um dos causadores do aquecimento global. Através do mercado do carbono, a REDDA+ acredita que pode aumentar os investimentos em projetos conscientes.

Os projetos da REDDA+ estão focados na região da Amazônia, por isso, nosso nome tem a letra “A”. No Pará, a região de Portel já tem recebido nossas ações, são projetos articulados em comunhão com a comunidade. É uma tentativa de construir cidades sustentáveis que beneficiam seus moradores e a natureza ao redor.

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Foto: Diego Imai

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