Economia Verde – Como Funciona? O que é?

A economia verde se propõe a expandir o conceito de economia. Abre-se para uma economia que compreende a importância de se conectar nas relações com a sociedade e a responsabilidade ambiental. Afinal de contas, em uma realidade de colapso ambiental, com aquecimento global, as ações precisam ser mais abrangentes e eficientes.

Os hábitos precisam mudar, incluindo o pensamento ultrapassado de que a economia não tem relação com o meio ambiente. É preciso compreender o quanto os negócios causam impactos na sociedade e no meio ambiente. E, ao invés de criar uma guerra nessas relações, estabelecer uma conversa que resulte em benefícios para todas as áreas.

Nesse post, você compreenderá o que é a economia verde, como ela surgiu e como funciona. Além disso, saberá quais ações podem ser tomadas pela sua empresa, ou cotidiano, para adentrar à realidade desse novo conceito. A natureza tem implorado por atenção, bem como a sociedade está doente, e, unir forças só ajudará no processo de recuperação. A Redda+ já faz parte desse movimento!

Nesse post tem:

O que é Economia Verde?

A economia verde é uma proposta de economia sustentável, isto é, existe uma preocupação com as relações da humanidade e ecológicas. O bem-estar da sociedade precisa ser considerado, bem como questões sobre igualdade social. Mas, também há espaço para redução de riscos ambientais e desenvolvimento sem degradação ao meio ambiente.

É um modelo econômico que reconhece a importância de valorizar o todo e as consequências nas relações socioeconômicas. O conceito tem três características importantes, ele deve considerar: baixa emissão de carbono, eficiência no uso de recursos e busca pela inclusão social.

Para o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), a economia verde é uma “alternativa ao modelo econômico dominante que vivemos atualmente, o qual exacerba as desigualdades, incentiva o desperdício, desencadeia escassez de recursos e gera ameaças ao meio ambiente e a saúde humana”.

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Reprodução: Freepik

Quando surgiu a Economia Verde?

Surgiu em 2008 e, desde então, tem sido um termo bastante controverso. Ele foi criado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), em substituição ao termo “ecodesenvolvimento”, fomentado pelo canadense Maurice Strong. Strong era o primeiro diretor-executivo do Pnuma e secretário-geral da Conferência de Estocolmo (1972) e da Rio-92.

A partir da Rio-92, com base no Relatório Bruntland de 1987, que o termo economia verde é oficialmente aceito. Então, em 2008 foi mais uma etapa de fortalecimento sobre o conceito e as ações relacionadas à proposta do conceito. Na agenda Rio+20, em 2012, ela entra no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza. 

Desde então, cerca de 65 países estão envolvidos e criando estratégias com base na economia verde. Em 2015, a ONU (Organização das Nações Unidas), reafirmou o compromisso de descobrir caminhos aliados ao desenvolvimento e uma economia mais inclusiva. E foi assim que o termo economia verde ganhou ainda mais força se tornando economia verde inclusiva (Inclusive Green Economy – IGE).

A economia verde inclusiva, segundo o Pnuma, “está focada na expansão de opções e escolhas para as economias nacionais, usando políticas fiscais e de proteção social direcionadas e apropriadas, e apoiada por instituições fortes que são especificamente voltadas para salvaguardar pisos sociais e ecológicos”. 

Atualmente, o termo economia verde já reflete todas as questões abordadas também pela economia verde inclusiva. É como se o conceito economia verde apenas recebesse ainda mais apoio para o bem-estar da sociedade e do meio ambiente.

Imagem em 3D representando o consumo consciente e sustentável
Reprodução: Pixabay

Quais são os princípios da Economia Verde?

A economia verde está vinculado aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, mais especificamente a cinco ODSs:

  • ODS 1 – Erradicação da Pobreza;
  • ODS 8 – Emprego Digno e Crescimento Econômico;
  • ODS 9 – Indústria, Inovação e Infraestrutura;
  • ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis;
  • ODS 12 – Consumo e Produção Responsáveis.

Além da seleção desses ODSs para auxiliar nas ações da economia verde, também espera-se que elas estejam atreladas há três considerações:

  • Baixa Emissão de Carbono. O desenvolvimento e crescimento não devem negar os impactos em relação à emissão de carbono. A presente realidade em relação aos impactos causados pelo excesso de gases de efeito estufa na atmosfera é preocupante. Por isso, não dá para investir em ações que simplesmente ignoram essa emergência, é preciso considerar a baixa emissão de carbono.
  • Eficiência no uso de recursos. Os recursos naturais são finitos e cada vez mais a exploração desses materiais interferem na natureza. Da mudança climática, a destruição de comunidades e povos tradicionais. Por isso, o modo como a energia, a água e outros recursos são usados deve ser sempre considerado, aplicando soluções sustentáveis.
  • Busca pela inclusão social. A inclusão social é outro fator importante para a economia verde, na tentativa de lidar com o item 1 do ODS sobre a erradicação da pobreza. Mas, também inclui outras questões, como compreender a importância do povo tradicional na floresta. A questão da inclusão social abrange a compreensão da significância do ser humano na sociedade, lhe dando oportunidades de se integrar. 

Qual a importância da Economia Verde?

A proposta da economia verde é incentivar investimentos e consumos conscientes, articulando o uso adequado de bens naturais. Ainda se dispõe a colocar em foco a valoração da biodiversidade e a importância do ser humano na sociedade. Todas essas relações são intrínsecas e, tantas vezes, foram trabalhadas separadamente.

Logo, a importância da economia verde está justamente em se posicionar, mostrando que não basta capital. É preciso um equilíbrio nas relações sociais, ambientais, culturais e econômicas, para um crescimento real. O desenvolvimento sustentável é um resultado positivo quando se abre a oportunidade para uma economia verde inclusiva.

Existem algumas vantagens e desvantagens da economia verde. A proposta em si tem a boa intenção de harmonizar a relação sistema econômico – meio ambiente. Porém, muito se discute sobre o comportamento das instituições públicas e privadas em relação à economia verde. Principalmente, no quesito de se apoderar do termo apenas para construir uma imagem ‘verde’.

Outra desvantagem, é a possibilidade de empresas criarem um mercado de recursos naturais e emissões de carbono, sem a essência da sustentabilidade.

Desenho de compensação de carbono e como neutralização de carbono
Reprodução: Freepik

A Economia Verde no Brasil

No Brasil, a economia verde vem sendo assunto de encontros entre empresários, políticos e organizações que entendem a importância do conceito. O Brasil tem grande potencial no que condiz com a economia verde, para se desenvolver com sustentabilidade.

Por exemplo, conseguimos gerar economia de baixo carbono, além de sermos responsáveis pela maior floresta tropical. Para completar, obtemos 12% de toda água doce disponível na Terra. 

Todos esses exemplos servem para refletir sobre como estamos usando esses recursos. A estratégia sustentável na região da Amazônia, por exemplo, é um impulso para oferecer infraestrutura básica, gerar empregos, entre outras necessidades. A região deixa na pobreza boa parte dos 25 milhões de brasileiros e brasileiras, e ações sustentáveis podem melhorar essa realidade. 

No Brasil, a economia agrícola não precisa de mais terras para explorar, basta saber usar os hectares já separados para essa finalidade. E, assim, desenvolver soluções sustentáveis para produzir alimentos que possam ser distribuídos no país e também importados. De certa forma, se o país refletir sobre o modo como usa os recursos, estará diante de desperdícios que precisam ser repensados. 

É preciso considerar a inter-relação entre economia, social e ambiental no mercado brasileiro. Reconhecendo a importância de aplicar a economia verde para a inovação tecnológica, geração de empregos, inclusão social e conservação dos recursos naturais.

Em 2022, o Brasil viu a criação do Fórum da Geração Ecológica, fomentado pela Comissão de Meio Ambiente do Senado, para discutir essa nova economia. Algumas das propostas apresentadas são a criação de uma Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável.

Essa política estaria preocupada em articular o investimento no chamado hidrogênio verde, fonte de energia limpa. Além de um programa que garanta emprego rural e urbano, bem como a construção de cinturões verdes. 

Vários membros de oficina da redda+ em parceria com o instituto ATAIGAF na Amazônia
Foto: Diego Imai

Como a sua empresa pode aderir?

Para uma empresa ser considerada verde ela deve demonstrar ações que afirmam o compromisso com o meio ambiente. Bem como ações que considerem a sociedade em que está inserida. A sustentabilidade precisa estar presente em todas as tomadas de decisão da empresa, das relações com os seus colaboradores, à produção de produtos.

Logo, a empresa deve compreender a importância de manter a tríade economia-sociedade-meio ambiente, em equilíbrio. Há um envolvimento do todo para ser realmente sustentável, investindo na economia verde. Algumas ações que podem auxiliar nesse processo são:

  • uso de materiais sustentáveis;
  • baixa emissão de carbono;
  • uso de energia renovável e ações que evitem o desperdício de energia;
  • reciclagem e reaproveitamento de resíduos;
  • inclusão social;
  • respeito aos direitos humanos;
  • incentivar o consumo consciente;
  • apoiar o capitalismo sustentável;
  • ter relações com a sociedade ao entorno;
  • estabelecer canais de comunicação interno eficientes;
  • manter as operações transparentes;
  • entre outros.

As práticas ESG auxiliam no processo para a aplicação da economia verde na sua empresa. Você já sabe como funciona o ESG? Clique aqui e leia o nosso post sobre esse assunto.

Conheça como a Redda+ e você podem ajudar a preservar a Amazônia

A Redda+ é uma organização que compreende a importância da economia verde, por isso, tem desenvolvido projetos na região da Amazônia. Os projetos são apoiados nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, além de usarem os mecanismos REDD. 

Dessa forma, acreditamos que as comunidades e povos tradicionais recebem uma oportunidade para um crescimento sustentável. E, para isso, realizamos diagnósticos nas comunidades buscando compreender suas necessidades em âmbito social, econômico e cultural. Buscando uma integração com o meio ambiente que é a morada deles. É uma solução encontrada para elaborar projetos realmente funcionais. 

Em Portel, no Pará, acompanhamos os resultados do que é colocar em prática um projeto sustentável. E, para completar essas ações, realizamos inserção de oxigênio na atmosfera, para compensar as emissões de carbono excessivas. Gostaria de saber mais detalhes sobre os projetos da Redda+?! Então, clique aqui e nos acompanhe!

Redda Crédito de Carbono Compensação de Carbono
Foto: Diego Imai

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