Você provavelmente já ouviu falar sobre, mas o que é a acidificação dos oceanos? Grandes massas de água salgada, de intensa profundidade que cobrem cerca de 71% do planeta Terra, os oceanos são de extrema importância, tanto para a vida marinha quanto para a terrestre. Por isso, sua acidificação é tão preocupante e deve ser levada à sério.
Além disso, também pode piorar o aquecimento global. Isto porque a manutenção da temperatura na atmosfera é, em parte, auxiliada pelas águas do oceano. O gás carbônico (CO2) absorvido pelas águas são levadas até o fundo do oceano. Contudo, o excesso de emissões de gases de efeito estufa, atrapalham o equilíbrio de absorção, alterando o pH da água, o que causa a acidificação.
Assim, para diminuir esse processo, é preciso reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Para tanto, empresas, governos e pessoas devem repensar o estilo de vida, o modo como consomem no cotidiano.
A compreensão destes alertas são essenciais para mudanças que façam a diferença, podendo frear a acidificação dos oceanos. Além de ajudar a melhorar outras questões, como o aquecimento global.
Neste post, você é nosso convidado para saber mais sobre a acidificação dos oceanos e impactos negativos. Além disso, pode conferir como ajudar a evitar a acidificação dos oceanos e conhece mais detalhes sobre a Redda+.
Nesse post tem:
- O que é acidificação dos oceanos
- Como acontece a acidificação dos oceanos
- Como ajudar a evitar a acidificação dos oceanos
- Conheça como a REDDA
O que é acidificação dos oceanos
A acidificação dos oceanos nada mais é do que a água se tornando ácida.
A acidez das águas é medida pela escala de pH, que precisa estar equilibrado para o ecossistema aquático. Para se ter uma ideia, uma substância com pH7 é neutra. Já com pH inferior a 7 é ácido e será base quando o pH for maior que 7.
O nível elevado de CO2 absorvido pelos oceanos coopera para a sua acidificação. Trata-se, basicamente, de um processo químico entre encontros e desmembramentos de elementos. Estas transformações químicas causam impactos negativos nos oceanos, atingindo as plantas e animais.
O excesso das absorções de gases pelos oceanos reduzem o pH da água, aumentando a acidez e a temperatura das águas. Esta mudança de temperatura aumenta o desequilíbrio.
Como acontece a acidificação dos oceanos
A acidificação dos oceanos acontece através da abundante captura de gás carbônico (CO2). Este nível desequilibrado de absorção atrapalha a manutenção do pH adequado para a água oceânica. A acidificação dos oceanos vem justamente da redução do pH na água.
O encontro da água (H20) e o gás carbônico (CO2) cria o ácido carbônico (H2CO3). No mar, esta composição será desmembrada, formando íons carbonato (CO32-) e hidrogênico (H+). A quantidade de íons H+ em uma solução aumenta o nível de acidez das águas dos oceanos.
A acidificação dos oceanos não é um processo simples de ser observado, sendo mais complexo o acompanhamento das mudanças. Contudo, os impactos causados pela acidificação dos oceanos não passam despercebidos.
Impactos negativos na natureza
Os impactos negativos da acidificação dos oceanos na natureza começam dentro do próprio oceano. Isto porque a dinâmica do ecossistema marinho é alterada, causando transformações em proporções preocupantes.
Por exemplo, o aquecimento em uma determinada região, empurra os animais para águas frias em outra região. Em alguns casos, as espécies podem até não resistir. As algas, responsáveis por parte significante da produção de oxigênio, também sentem estas mudanças. Inclusive, a corrosão de recifes de corais acontece por causa deste fenômeno.
Além disso, o aquecimento das águas transforma as tempestades, aumentando as possibilidades de ciclones e furacões mais poderosos. Estas reações naturais intensas causam impactos nas regiões próximas, como inundações.
As mudanças começam dentro oceano, mas as consequências estão para além. A alteração do ecossistema da flora e fauna impacta a oferta de produtos para pesca e aquicultura. O aquecimento das águas também impacta as mudanças climáticas, consequentemente, os extremos das estações do ano são sentidos. Estes extremos atrapalham a economia da agricultura.
Observe que o que acontece nos oceanos não fica apenas ali, nas profundezas, mas transborda para todos nós. Não é apenas a natureza que sente o impacto negativo da acidificação dos oceanos, mas também a humanidade.
Leia: Mudanças climáticas – guia fácil para entender
Impactos positivos na natureza
Alguns estudiosos afirmam ser possível pontuar impactos positivos na natureza por conta da acidificação dos oceanos. Um deles é que alguns micro-organismos usufruem deste fenômeno para se fortalecerem. Os plânctons, por exemplo, aproveitam que a redução de pH muda a capacidade de dissolução de alguns metais.
Impactos negativos na economia
Os impactos negativos na economia devido à acidificação dos oceanos estão vinculados à vida aquática. Seja por conta dos peixes que não serão mais pescados, até as mudanças climáticas que atrapalham outras produções alimentares.
Para além do mercado alimentício, as mudanças favorecidas pela acidificação, como tempestades, levam cidades a desaparecerem. Ou sofrerem consequências que exigem gastos para serem reconstruídas, e até a pausa de produções industriais. Tudo, de certa forma, está interligado.
O mercado global de crédito de carbono também pode ser afetado. Acontece que os oceanos reservam CO2, através das calcificações. Contudo, a acidificação atinge este ecossistema, liberando o CO2, aumentando a concentração na atmosfera. Pensa que este processo permitia que o gás fosse liberado gradualmente e ao longo de anos.
Como ajudar a evitar a acidificação dos oceanos
Para ajudar a evitar a acidificação nos oceanos, tenha em mente que a emissão de gás carbônico deve ser diminuída. Afinal de contas, é um processo que acontece devido à absorção excessiva deste gás.
Com isso, os oceanos não absorvem tanto gás da atmosfera. Pense que os oceanos não possuem um freio natural que entende: absorvi o suficiente, vou parar de absorver gás carbônico. Ele simplesmente vai absorvendo enquanto há gás na atmosfera.
As mudanças no estilo de vida podem ser cruciais na diminuição de emissões. Pode ser o modo como utilizamos transportes individuais, até quando incentivamos organizações que lidam com o desmatamento nas florestas. As empresas precisam desenvolver soluções que emitam menos gases em suas produções e considerar produtos menos poluentes, com pegada de carbono reduzida.
Outra forma de ajudar a evitar a acidificação dos oceanos é fazer compensação de carbono. Somado ao apoio às organizações e empresas que usam estes créditos de carbono para fazer bem para o meio ambiente.
A diminuição do uso de plástico também é um ótimo estímulo para diminuir a acidificação dos oceanos. Para tanto, não basta apenas reciclar – o que é muito bom, continue fazendo, afinal de contas, precisamos tentar todas as vertentes. Mas, é preciso reduzir este plástico. Isto é, tentar parar de consumir tanto plástico.
Ser um consumidor consciente também ajuda. O consumidor consciente também pensa no seu estilo de vida, o modo como se relaciona com os bens-materiais. É realmente preciso tanto tempo debaixo do chuveiro? Entre outras questões.
Observe: são questões do cotidiano que, aparentemente, não têm ligação com a acidificação dos oceanos. Contudo, no final das contas, todas as nossas ações estão interconectadas à natureza. E, consequentemente, ao que está acontecendo nos oceanos.
Confira 7 dicas de como neutralizar sua emissão de carbono
Conheça como a REDDA+ e você podem ajudar a preservar o meio ambiente
A REDDA+ é uma organização compromissada em apoiar e colocar em prática ações que incentivem transformações sustentáveis. Para tanto, utiliza os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da ONU, para desenhar seus projetos. Elaborando planos de ação que façam sentido para os envolvidos e a sociedade que os rodeia. São propostas apoiadas nos pilares da sustentabilidade econômica, social e ambiental.
Além disso, utiliza dos mecanismos de REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal). Estes mecanismos cooperam para as transações de crédito de carbono articuladas para benefício do meio ambiente. Através do comércio de carbono é possível ter financiamentos e colaborar com a compensação da emissão de gases de efeito estufa.
Um dos projetos da REDDA+ acontece em Portel, no Pará. A proposta é auxiliar no crescimento e desenvolvimento de uma cidade sustentável, considerando as singularidades dos ribeirinhos. Além de estimular uma relação saudável e integrativa com a floresta. Os projetos da REDDA+ acontecem, em sua maioria, na região da Amazônia.
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